Ando com uma dificuldade tremenda para dormir. Sempre tive problemas d insônia, mas antes virava a noite fumando e lendo e comendo e fazendo arte. Hj nem fumar muito eu posso.
Pois é, confesso: estou grávida e continuo fumando uns 2 cigarros por dia, mas continuo fumando.
O cigarro entrou na minha vida quando eu tinha 13 anos: minha mãe tinha acabado de morrer e eu me vi frente a um monte d emoções desconhecidas e sem saber lidar com nenhuma delas. Era extremamente tímida, minha mãe ainda penteava o cabelo p/ ir a escola, não sabia fritar um ovo e nem pegar ônibus sozinha. Tá, eu era uma pata mesmo, assumo.... Culpa da minha mãe? Não sei.... Só sei q ela era demais: super protetora, super acolhedora, resolvia todos os problemas (os nossos e os da família toda) e nós (eu e minha irmã) tinhamos q estar sempre impecáveis e esse fantasma d perfeição me assombrou durante muitos anos.
Só sei q depois q ela morreu eu quis tudo ao mesmo tempo: comecei a fumar, raspei a cabeça, aprendi a beber e aprendi o q era o amor.
Bom, meu cabelo cresceu, tomei alguns porres e vi q o dia posterior era pior do q a sensação do alcool no meu cérebro, tive vários amores eternos, as tatuagens continuam aqui visíveis e as cicatrizes tbm continuam (não tão visíveis, mas muito presentes). A insegurança da adolescência deu lugar a uma falsa maturidade bem convicente (as vezes até eu acredito ser tão madura assim!). E a insônia? Essa é igual ao cigarro: se um dia faltar, vai me causar crise de abstinência...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Linda, cada dia me impressionou mais com vc! Por trás dessa brincalhona, sempapas na língua, tem uma mulher/menina, corajosa e que escreve lindamente. O gabriel sim é que tem sorte de ter uma mãe como vc!
Beijokas no coração
Foda... grande mulher, mesmo de longe nos encanta!
Obrigada pela ajudinha de vez em quando!
ahh eu sou a luzinha!
beijos
Postar um comentário