quarta-feira, 23 de abril de 2008

Aprendizado

Durante muitos anos a lembrança da minha mãe me assombrou. Ela era perfeita demais: cozinhava muito bem, dirigia muito bem, era decidida, determinada, tinha um riso contagiante. Eu e minha irmã estávamos sempre limpas, arrumadas, a casa organizada. As pessoas da família ligavam para convidá-la para td: d enterro a casamento. E ligavam tbm p/ pedir a sua opnião (ela tinha opnião sobre td).

Depois q tive a minha filha comecei a buscar incessantemente esse ideal d perfeição. E comecei a me deparar c/ as minhas limitações: sou uma péssima cozinheira, já bati o carro mais vezes q o Rubinho Barrichello, sou super desorganizada (minha casa é sempre uma bagunça), minha filha chega da escola como se estivesse chegando da guerra.

Toda vez q batia o carro ou tentava cozinhar algo diferente e não dava certo, eu me desesperava. Caramba: como não conseguia?? Até hj não sei como depois d anos d habilitação ainda não faço um porra d uma baliza e não sei fazer nada diferente na cozinha, a não ser o básico do básico e, claro, ligar p/ um delivery qq.

A diferença é q consegui ter c/ a minha filha o q a minha mãe não conseguiu ter conosco: proximidade. Ela estava tão presa aquele ideal d mãe perfeita q não percebia q queríamos um pouco da fragilidade dela. Mãe não precisa ter resposta p/ td, mas precisa ter colo p/ td. E deixar a criança comer terra ou arrebentar a cara no asfalto é legal! É parte importante para o crescimento.

Ainda tento ter todas as respostas p/ a minha filha. Se não sei, procuro, pesquiso, me informo. Mas sempre dou uma resposta. E sempre a verdade (msm q as vezes ela não compreenda, ou não seja o q ela quer ouvir). Mas não tenho vergonha d falar: eu não sei, ou eu não estou bem (fisicamente ou emocionalmente).

Não sou perfeita, cometo muito erros. Muitos mesmo. Mas erros diferentes. Isso é aprendizado.

No final, qdo ela morreu eu achei q o meu mundo tivesse acabado, não conseguia entender aquela situação. Mas não tinha nem idéia q o meu mundo iria ruir dali a 3 anos: qdo o meu pai morreu, mais isso é história para um outro dia....

2 comentários:

Valquíria disse...

Olá amiga! Parabéns pela sua gravidez, já sabe o que é? Escolheu o nome? Tb estou grávida, o meu é um menino e vai se chamar Guilherme estou com 32 semanas de gestação, e muito ansiosa!
Li teu post e só tenho à lhe dizer que vc deve ter 1001 outras qualidades que superam essas que vc diz não ter, no próximo post conte p/ nós o que vc sabe e faz bem feito com certeza deve ser muitas coisas!!!beijos na barrigona

Juliana disse...

Oi Linda!Vi seu blog pela Val. Esse post me emocionou demais, pois faz tempo que não falo com minha mãe, ela émuito, muito complicada e não conseguimos nos entender nunca! Mas gnahei um presente lindo que é a minha filhinha que estará chegando pra completar minha vida!Quero tentar ser tudo o que a minha não foi e mais um pouco, nós sempre tentamos né?..Parabens pelo post..Um super beijo!!!!!!!!!!!